Uma tartaruga a mil por hora pdf




















Melhoramentos O autor trata o tema da diversidade com muito colorido. Atual Editora. Editora Elementar. Quinteto Editorial. Mas diferentes, como todos os seres humanos. Editora Projeto. Tico adora olhar, com sua amiga Lia, as figuras que as nuvens formam.

Esquisita como eu. Martha Medeiros. Por meio das interaes sociais, e pela mediao semitica, d-se a reorganizao do funcionamento psquico de pessoas com e sem deficincia, favorecendo-lhes o desenvolvimento superior. Declarao de Salamanca e de ao sobre necessidades educativas especiais. Escola Inclusiva: linguagem e mediao. Papirus editora, Incluso: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, Obras escogidas.

Fundamentos de defectologa. Madrid: Visor, Isso significa que preciso permitir tanto o acesso aos espaos fsicos, com uma estrutura arquitetnica apropriada, garantindo a autonomia e independncia da pessoa, como tambm de uma prtica pedaggica que considere as especificidades da criana. Focaremos as discusses no aluno com paralisia cerebral, por ser uma das principais causas de deficincia motora presente em nossas escolas. Esta deficincia motora central pode estar associada deficincia de fala, viso e audio, ou deficincia intelectual, o que nesse caso caracterizaria deficincia mltipla.

Os recursos de tecnologia assistiva utilizados na prtica pedaggica dependero das funcionalidades de cada estudante e de suas necessidades educacionais especficas.

So exemplos de recursos de tecnologia assistiva usados para promover acessibilidade: um lpis engrossado, para facilitar a escrita, ou. Uma questo importante que deve ser lembrada que nem sempre a falta de recursos de acessibilidade est relacionada questo financeira, pois o professor pode utilizar recursos simples e conseguir garantir o acesso do seu aluno na aprendizagem.

Dessa forma, duas questes tornam-se centrais nesse tpico: a a identificao das peculiaridades educacionais de cada estudante fundamental para a escolha das estratgias e dos recursos didticos e pedaggicos; b a promoo de acessibilidade nem sempre depende de alta Tecnologia Assistiva rea do conhecimento e de atuao que desenvolve servios, recursos e estratgias que auxiliam na promoo de acessibilidade s pessoas com deficincia , j que o professor pode utilizar de sua criatividade para realiz-las.

A pessoa com deficincia motora, muitas vezes, discriminada e excluda do ambiente educacional, pois a grande parte de professores concebe que no h possibilidades de aprendizagem e que, atrelada deficincia motora, a pessoa possui tambm deficincia intelectual, o que no verdade para todos os casos.

A segregao se torna ainda mais grave quando a deficincia motora acomete consideravelmente a fala e impede o uso da comunicao oral de forma fluente impedimento bastante comum. Um dos principais recursos de tecnologia assistiva que pode possibilitar a erradicao das barreiras comunicacionais, importante no mbito educacional, a Comunicao Alternativa e Suplementar CAS. A CAS contempla os recursos e estratgias que complementam ou trazem alternativas para a fala de difcil compreenso ou inexistente pranchas de comunicao e vocalizadores portteis , conforme descreve Reily Prev ainda estratgias e recursos de baixa ou alta tecnologia que promovem acesso ao contedo pedaggico livros digitais, softwares para leitura, livros com caracteres ampliados e facilitadores de escrita, no caso de deficincia motora, com engrossadores de lpis, rteses para digitao, computadores com programas especficos e perifricos mouse, teclado, acionadores especiais.

Uma pergunta norteadora: como usar um sistema de comunicao alternativa em sala de aula para alunos com paralisia cerebral? Inicialmente, preciso avaliar as potencialidades dos alunos para que possam ser definidos os caminhos que garantam a acessibilidade motora, como o objetivo inicial de estabelecer uma comunicao mnima entre professor e aluno e entre os alunos.

Zaporoszenko e Alencar argumentam que os alunos com necessidades de CAS apresentam nveis de competncia lingustica diversificados. O sistema de CAS s pode ser implementado depois que o professor conhecer seu aluno, pois as pranchas sempre sero construdas com a colaborao dos usurios. Este o primeiro passo. O professor, com apoio do professor especialista, precisa realizar uma avaliao do seu aluno e da situao na qual o sistema ser utilizado para determinar o que ser mais til e funcional, como bem destacam Zaporoszenko e Alencar Depois da lista, ocorre o reconhecimento dos cartes pelo aluno.

Assim, o professor expe dois cartes, escolhe um dos dois e solicita que o aluno aponte. A comunicao torna-se mais eficaz quando estabelecida em contexto educacional naturalstico, em situaes reais de interao e em atividades rotineiras.

Quais os recursos disponveis na escola? Antes de iniciar o trabalho pedaggico devemos conhecer os recursos disponveis na escola, desde as condies de acessibilidade fsica, como rampas, banheiros adequados, sinalizaes; assim como os recursos que auxiliam a mobilidade do aluno, como cadeiras de rodas e corrimes.

Alm disso, como bem enfatizam Sartoretto e Bersch , devemos pensar nos materiais pedaggicos adequados, como lpis e canetas ajustados condio do aluno, alfabeto mvel, pranchas com letras e palavras, computadores, teclados e mouses acessveis, acionadores, rtese de mo funcional para escrita e digitao, ponteiras de boca ou cabea. E se no houver esses recursos?

Uma questo importante j mencionada que alguns. Dessa forma, no precisamos esperar que as tecnologias assistivas apaream em nossas salas.

Podemos confeccionar materiais interessantes e acessveis e compartilhar com os nossos colegas, como as pranchas em material emborrachado e jogos. Refletindo sobre o processo de alfabetizao e letramento No que se refere apropriao do SEA Sistema de Escrita Alfabtica do aluno com deficincia motora, o professor tambm no encontrar receitas prontas e precisa pensar em um currculo capaz de revolucionar a sua prxis, atendendo s peculiares dos alunos.

A criana com deficincia motora apresenta a coordenao manual e a locomoo impedidas, no vivenciam o brincar de escrever que to importante. As situaes cotidianas de interao com a leitura e a escrita tambm precisaro ser garantidas para essas crianas cadeirantes ou que apresentem distrbios de coordenao manual.

Dessa forma, se a criana com deficincia no chega at o objeto escrito, o objeto vai precisar chegar at as suas mos. O que fazer? Essa aprendizagem pode ser garantida, sobretudo porque a aprendizagem da leitura. Muitas alternativas de adaptao podem ser construdas para promover acessibilidade ao aluno. As pranchas de letras so indicadas para o aluno que escolhe, letra a letra, enquanto um colega ou o professor registra a produo textual. De acordo com Sartoretto e Bersch , quando o aluno no consegue apontar a letra, algum faz uma varredura, apontando as letras, at que ele emita um som, pisque o olho ou faa qualquer sinal previamente estabelecido entre os parceiros comunicativos2.

H muitas maneiras de se escrever: se no for possvel manejar um lpis, ento, se prope uso de outro instrumento, como de letras em emborrachado ou em madeira; teclado comum ou adaptado; ou mesmo um escriba que anote letras indicadas em uma prancha. A leitura pode ser facilitada, pois o nico impedimento refere-se a alteraes de movimentos e a utilizao da CAS pode ser suficiente para o sucesso na leitura.

A dificuldade de leitura pode se encontrar apenas no formato de apresentao do texto. As pranchas podem ser construdas com objetivos diversos e distintos, como pranchas de rotina, de contao de histria, pranchas de escolhas, dentre outros contedos curriculares, como as pranchas a seguir. Os sistemas de CAS Comunicao Alternativa e Suplementar podem ser um grande aliado na alfabetizao das crianas com deficincia que tm impedimentos comunicacionais, seja de ordem motora ou intelectual.

Associado figura representativa da mensagem que se quer passar, os sistemas so compostos de palavras escritas. Alm disso, os cartes podem representar classes gramaticais distintas, permitindo a formao de frases simples e complexas. Zaporoszenko e Alencar fornecem uma dica para a realizao das atividades de alfabetizao, com diferentes tipos de pareamentos dos cartes: a pictograma x pictograma somente com figuras ; b. O software Boardmaker, ferramenta de CAS do tipo PCS smbolos de comunicao pictogrfia , disponibilizada pelo MEC para as salas de recursos multifuncionais das escolas pblicas, permite que se criem esses tipos de pareamento.

Outra sugesto trazida pelas autoras deixar espao no carto pictogrfico para que o aluno possa inserir a escrita da imagem. Nesse espao dever ter velcro ou m para que as slabas possam ser fixadas. Educao especial na perspectiva da educao inclusiva. Recursos pedaggicos acessveis e comunicao aumentativa e alternativa. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Especial. Universidade Federal do Cear, Atuao fonoaudiolgica na paralisia cerebral. Gois, Editora UCG, Comunicao Alternativa e paralisia cerebral: recursos didticos e de expresso.

Caderno pedaggico. Srie: Educao Especial. Secretaria de Estado da Educao. Superintendncia da Educao. Universidade Estadual de Maring. Programa de Desenvolvimento Educacional, Hoje, com a poltica pblica de incluso na rede regular de ensino, tem se mudado essa viso que segrega e subestima as possibilidades de desenvolvimento da pessoa com deficincia intelectual.

Prioste, Raia e Machado argumentam que a educao da pessoa com deficincia tem sido um desafio para os educadores, provocados a reverem suas prticas homogeinizadoras e, por isso, excludentes. H um estigma em relao aos fatores relacionados aprendizagem que est completamente atrelado classificao do grau de deficincia, como tambm grande tradio dos testes de inteligncia, que favorecia os acima da mdia e segregava as pessoas que estivessem abaixo da mdia.

Carneiro menciona que os alunos com deficincia intelectual so os que foram a escola a reconhecer a inadequao de suas prticas para atender s diferenas dos educandos. De fato, as prticas escolares convencionais no do conta de atender s pessoas com deficincia intelectual, em todas as suas manifestaes, assim como no so adequadas s diferentes maneiras de os alunos, sem qualquer deficincia, abordarem e entenderem um conhecimento de acordo com suas capacidades.

Padilha enfatiza que os procedimentos de avaliao com base nos testes de QI negligenciam alguns aspectos que marcam a histria de vida da pessoa com deficincia, a qual no se resume apenas s determinaes biolgicas. Ela defende ainda que as avaliaes para medir a inteligncia no consideram, na maioria. Atualmente, os diagnsticos no mais se baseiam unicamente no QI Quociente de Inteligncia , mas buscam uma viso social da pessoa, valorizando as potencialidades de cada um dentro da comunidade em que vive.

Desconsidera-se, assim, a elaborao ou a reelaborao do discurso e, consequentemente, as esferas do simblico. No se pode mais categorizar o desempenho escolar a partir de instrumentos e medidas arbitrariamente estabelecidos pela escola. Para Carneiro , preciso levar em conta a situao de deficincia, ou seja, a condio que resulta da interao entre as caractersticas da pessoa e as dos ambientes em que ela est provisoriamente ou constantemente inserida. Alm disso, todos os alunos deveriam ser avaliados pelos progressos que alcanam nas diferentes reas do conhecimento e a partir de seus talentos e potencialidades, habilidades naturais e construo de todo tipo de conhecimento.

Assim, a deficincia intelectual no uma condio esttica, nem um trao pessoal, no podendo ser vista somente pelos impedimentos. Ela deve ser compreendida dentro de uma abordagem ecolgica que considere o funcionamento da pessoa na interao com o mundo em que vive, observando as oportunidades e o apoio recebidos ao longo da vida.

O trabalho do professor deve priorizar o desenvolvimento intelectual e a autonomia dos seus alunos com deficincia intelectual, no enfatizando atividades mecnicas, e sim o desenvolvimento das funes psicolgicas superiores com aprendizagens significativas, conforme defende Vygotsky ; Algumas questes do cotidiano escolar:. Para Prioste, Raia e Machado , solicitar ajuda ao conselho tutelar no significa assumir atitude provocativa ou de culpabilidade ante os pais, e, sim, proteger a criana que pode estar em situao de risco.

Vale ressaltar que antes de contatar o Conselho Tutelar, a escola deve procurar estabelecer parcerias produtivas com as famlias, a fim de acolher as dificuldades destas, ao evitar que os problemas se agravem, colaborando, assim, para a resoluo proativa dos problemas. A pessoa com deficincia intelectual capaz de aprender. Dessa forma, o professor no deve considerar o laudo de deficincia. Voc j parou para pensar se as condies de aprendizagem do seu aluno so favorveis?

Seu aluno est sendo includo nas atividades pedaggicas e no seu planejamento dirio? Voc conhece e considera suas caractersticas individuais? Est avaliando adequadamente? Se esses fatores no tiverem sendo respeitados, ento seu aluno no vai aprender, mas no porque ele no tem condies, e sim porque seus direitos aprendizagem esto sendo negados. Em outros termos, voc estar negando ao seu aluno a incluso, restando-lhe apenas as condies de inserido no universo da sala de aula, mas excludo dos processos que nela ocorrem, para que todos tenham garantidos os direitos de aprendizagem.

Ferreira, Ferreira e Oliveira relatam que muitos professores consideram que seus alunos com sndrome de Down no podem aprender simplesmente porque no falam ou porque falam insuficientemente. A fala no a nica forma vlida de comunicao. Podemos usar de tecnologias assistivas, como as ferramentas de CAS para facilitar a comunicao e a aprendizagem dessas crianas, como j foi abordado no item deficincia motora. Devemos atender s especificidades de cada pessoa e no esquecer de que as atividades significativas beneficiam todas as crianas.

Assim, as pessoas com deficincia de ordem cognitiva podem ter acesso aos mesmos contedos das crianas sem deficincia. Prioste, Raia e Machado mencionam que o desejo de ensinar do professor e as.

Uma dica o professor ter material didtico projetado para propiciar a participao autnoma do aluno com deficincia no seu percurso escolar. Existe uma diversidade de uso da linguagem oral pelas crianas com deficincia intelectual. A educao infantil inclusiva pode favorecer bastante o desenvolvimento da comunicao oral e a construo de sentidos pelas crianas com impedimentos cognitivos, pois a plasticidade neural desempenha um papel imprescindvel nesse processo SILVA; KLEIMAN, , eles esto em fase de desenvolvimento, quanto mais estmulos receberem do meio, maior desenvolvimento haver.

Apesar de varivel, uma caracterstica importante que o uso demasiado de gestos e vocalizaes pelas crianas com deficincia intelectual. Assim, o uso de CAS pode ser utilizado em detrimento dos gestos e vocalizaes,. Cavalcante realizou um estudo com crianas com sndrome de Down e observou que as mesmas utilizam mais gestos do que verbalizaes. Quando h verbalizaes, elas constituem-se de construes verticais, ou seja, frases compostas de um nico elemento lingustico.

A autora sugere que pode haver uma mudana no uso da comunicao oral com o uso da CAS, levando os alunos a mudarem sua comunicao: do uso de gestos e construes verticais para construes horizontais frases simples e complexas.

Caso no haja o avano na construo de sentidos via linguagem oral, eles podem ser construdos atravs de ferramentas de CAS. Em consonncia com o trabalho realizado em sala de aula, com uma aluna com sndrome de Down, com 7 anos de idade, matriculada em uma turma do 1 ano do ensino fundamental, foram realizados alguns AEEs, com o uso de materiais diversos. A atividade descrita da contao da histria Uma tartaruga a mil por hora com o uso de fantoches dos personagens e colagem de figuras de animais, que como a tartaruga , comeam com a letrinha T.

Qual o tempo necessrio? Assim como qualquer outra criana as com deficincia intelectual podem se alfabetizar junto com os seus pares de idade. Claro que vo existir diferenas individuais quanto apropriao do SEA, em todas as crianas. Considerando as peculiaridades, as crianas com deficincia intelectual devem ser contempladas na prtica pedaggica planejada para a turma da qual faz parte.

Podemos criar pranchas que trabalhem contedos escolares especficos, como o exemplo do pequeno relato a seguir, dado de um projeto de pesquisa em andamento Cavalcante, : 5 A obra Uma tartaruga a mil por hora de Mrcia Honora uma obra que pode ser trabalhada com crianas com Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade TDAH , pois relata a histria de uma tartaruga hiperativa. Tais atividades com o uso de pranchas e outros materiais, como a elaborada acima, permitem que as pessoas com deficincia intelectual se favoream da atividade, por lanar mo de recursos visuais.

Um recurso interessante refere-se escrita com smbolos. Existem no mercado alguns softwares, a exemplo do comunicar com smbolos ou a ferramenta simbolar do Boardmaker que pode apoiar a escrita, a leitura e o aumento do vocabulrio dos alunos com deficincia.

O acesso de alunos com deficincia s escolas e classes comuns. Possibilidades e limitaes. Petrpolis, RJ: Editora Vozes, Acessibilidade em indivduos com impedimentos comunicativos: contribuies para educao inclusiva. Pesquisa em andamento. Recife, Pensamento e linguagem em crianas com sndrome de Down: um estudo de caso da concepo das professoras.

Formao de professores e condies de atuao em educao especial. Florianpolis: Insular, Linguagem na Sndrome de Down. Tratado de Fonoaudiologia, pp. So Paulo: Editora Roca Ltda, Prticas educativas: perspectivas que se abrem para a educao especial.

Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Sndrome de Down. Brasileira de Educao Especial. A formao social da mente: o desenvolvimento dos processos psicolgicos superiores.

So Paulo: Martins Fontes, Em meio histria das pessoas com deficincia no Brasil, possvel perceber a reproduo de preconceitos dos quais a cegueira se destaca como uma incapacidade que pode gerar falta de condies de subsistncia, ou mesmo impedindo a construo da vida autnoma e convivncia harmnica com os demais. Os impedimentos enfrentados por elas, muitas vezes, so gerados pela falta de oportunidades, falta de estmulos ou de acesso aos bens sociais. O acesso ao ensino escolarizado, em particular em redes regulares, aparece como uma das portas de insero social importante para essas pessoas, por meio da qual a garantia da alfabetizao torna-se essencial.

Assim, torna-se relevante passarmos a tecer consideraes sobre o que configura a deficincia visual, bem como apresentar alguns apontamentos para atuao dos alfabetizadores de pessoas cegas e com baixa viso. Nesse contexto, necessrio, portanto, compreender o que caracteriza a deficincia visual para identificar as formas mais adequadas de estmulo aos alunos que a possuem, em prol de uma aprendizagem da alfabetizao de forma significativa, vinculada s funes sociais cumpridas pela linguagem verbal em nosso cotidiano.

Efetivamente, a aprendizagem da linguagem escrita no garantia da mudana de compreenso da sociedade acerca da deficincia visual, nem mesmo se constitui como ponto.

A deficincia visual pode ser classificada de duas formas que agregam uma diversidade relevante de casos, a cegueira e a baixa viso. As pessoas com deficincia visual podem apresent-la j com o nascimento ou podem vir a adquiri-la por motivos diversificados ao longo da vida. A cegueira caracterizada pela ausncia da viso, enquanto a baixa viso a diminuio da acuidade do campo visual. Mesmo nos casos de cegueira, no possvel afirmar que as pessoas vivem em completa escurido, pois em muitas situaes essas.

Essa afirmativa contribui para derrubar as concepes prvias sobre as condies da cegueira pela sociedade em geral. De modo imediato, passa-se a entender que no se trata de viver na escurido, como se concebia. De modo amplo, a deficincia visual no impede a elaborao de percepes em outros nveis. Mosquera indica que h algumas possibilidades de medio da acuidade visual. O autor indica que em escolas regulares se faz uso da Tabela de Snellen para identificar os alunos com deficincia visual:.

Dessa forma, a pessoa com deficincia visual no menos desenvolvida que a vidente, ela apenas estabelece relao com o mundo que a cerca de forma diferente, pois se utiliza, tambm, de meios e instrumentos prprios para faz-lo, tais como: habilidades perceptivas tteis e sinestsicas; sistemas simblicos alternativos e recursos materiais como a bengala; sistema de escrita braile; materiais didticos adaptados, como destaca Silva Ela pode ser olhada e entendida como pessoas diferentes, sim, enquanto aparncia, enquanto forma de comunicao,.

Tal tabela fixada na parede a seis passos dados por um adulto ou a cinco metros de distncia do aluno. O avaliador, que poder ser qualquer profissional da escola, dever estar certo de que a medio ser feita em uma sala clara, de que a tabela esteja fixada na altura do rosto de quem ser avaliado e de que o avaliado compreendeu o que precisa fazer [ O retorno do aluno ou o sinal que vai mostrar pode ser efetuado com os dedos da mo livre, indicando para o lado que as pernas da letra apontam MOSQUERA, , p.

Alm disso, torna-se possvel ao docente prever estratgias de ensino da linguagem acessveis aos alunos com cegueira ou baixa viso. Incluso das pessoas com deficincia visual na escola: propostas em prol da aprendizagem da leitura e escrita Pontue-se que possvel identificar iniciativas nas escolas das redes regulares de ensino para atendimento da pessoa com deficincia visual em todo o Brasil, seja via intervenes especficas dos docentes ou materiais didticos adequados.

Alm disso, a perspectiva de incluso das pessoas com deficincia visual nas escolas regulares imprime a urgncia da preparao dos docentes em geral para a socializao dos saberes acumulados historicamente e institudos como vlidos sistematizao escolar, dentre eles o ler e escrever. No caso das crianas com deficincia visual, preciso refletir que essas no podero contar com o mesmo acesso visual aos objetos e ilustraes considerados atrativos utilizados com as crianas videntes. Ser preciso, portanto, pensar em outras situaes de motivao e atratividade para essas na reflexo das instncias do ler e escrever.

Nesse contexto, importante compreender o desenvolvimento da conscincia da escrita em crianas com cegueira, considerando que elas no tm as mesmas possibilidades de contato com a riqueza de material grfico emergente no universo da escola e da famlia.

Alm disso, a preponderncia de recursos pedaggicos referenciados na explorao e na comunicao visual e a escassez de material acessvel acentuam significativamente esta defasagem. Essa ao se torna pertinente, sobretudo, para permitir o treino da sensibilidade ttil, necessria s pessoas com deficincia visual no que tange s aes da leitura e da escrita DOMINGUES, Entretanto, apenas apresentar a escrita em braile criana ou faz-las reconhecer o registro de cada letra no garante a alfabetizao.

Da mesma forma que preciso entender que o processo de alfabetizao de crianas que possuem a acuidade visual pautado em construes conceituais a respeito da escrita, a alfabetizao das crianas com deficincia visual tambm precisa promover a aprendizagem de conceitos, em particular, da apropriao da escrita alfabtica.

Portanto, a utilizao de outros instrumentos que provoquem a explorao dos demais sentidos em prol da aproximao dos alunos com a leitura e a escrita passa a ser primordial nas primeiras experincias das crianas com essas aes DOMINGUES, , p.

A professora Nilma Gonalves exemplifica essa necessidade ao explorar os contos infantis com crianas cegas e com baixa viso. A professora tece uma introduo acerca das caractersticas e personagens dos contos por meio de uma roda de conversa para, posteriormente, realizar outras intervenes:. Durante a roda claramente notvel que crianas com deficincia visual, como cegueira congnita, no possuem determinados conceitos, por exemplo jardim, muro, torre, casa, e outros desenhos apresentados; necessrio descrever esses conceitos e criar estratgias para que elas possam construir essa representao.

Outro grupo importante so as crianas com baixa viso. Estas fazem a transitria pelas duas realidades, possuem determinados conceitos, conseguem enxergar o que est prximo, mas, deparam-se com a realidade de no enxergar quando partimos para o trabalho de leitura e escrita. Esse alunado merece uma ateno especial, pois , muitas vezes, tido como crianas tmidas, e at mais difcil a aceitao da deficincia, pois atravs do resduo visual observa os colegas de sala e quer ler o mesmo livro e o mesmo tamanho de letras.

E ainda dentro da deficincia visual, outra realidade tambm necessita de uma ateno a mais, so as crianas que apresentam perda visual recente, essas chegam escola com baixa estima porque dominam os conceitos apresentados, possuem toda a orientao espacial e, quando falamos, elas constroem na memria aquilo que est sendo apresentado [ Na maquete do jardim, colocamos diversos tipos de flores com diferentes tamanhos e formas, juntamente com isso colocamos essncia semelhante ao perfume das flores.

Foi tambm um momento onde ns utilizamos outro contedo. See our Privacy Policy and User Agreement for details. Create your free account to read unlimited documents.

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